16 de abril de 2012

Um Estado completamente inseguro

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Segunda-feira, 16 de abril. Hoje, completamos exatamente 105 dias passados no ano de 2012. Um ano que deveria ser marcado pela melhoria da situação em que vivemos. E a segurança pública é um dos fatores para melhoria da nossa vida.

Pois bem, caro leitor. Hoje estamos no 105º dia do ano e temos a indigesta marca de 199 homicídios só no Rio Grande do Norte! Isso, em números, dá uma média de 1,9 homicídios por dia no nosso Estado.

Isso é fruto de uma grande incompetência dos nossos gestores. Onde já se viu um Estado que é considerado tranquilo ter um índice tão alto de violência... E isso só levando em conta o número de homicídios. Imagine se levarmos em conta furtos, roubos e os outros incontáveis tipos de crime que existem.

O que é preciso é um grande choque de gestão. Melhoria e aumento do pessoal nas ruas, mais condições de trabalho aos policiais, melhores equipamentos e, acima de tudo, extinguir a banda podre da polícia – o grande mal desta instituição.

Mas, como sei que as autoridades não vão se mexer agora, infelizmente ficaremos a mercê da criminalidade por um bom tempo. Que Deus nos acuda!

RN registra 199 homicídios este ano

22:00 | , ,


Foto: Adriano Abreu (Tribuna do Norte)
Renildo Francelino, Dalvimar da Silva, Gleydson Fagundes, Elcione Borges. Laykson Franklin, Wendell Evandro, Elionai Tavares, Kerginaldo Pereira. Abimael Wilk e Euclides Fernandes. Esses são apenas 10 dos quase 200 nomes que compõem uma lista escrita com letras de sangue em páginas da violência. O Rio Grande do Norte registrou durante os 100 primeiros dias de 2012, 199 assassinatos. Em média, 14 por semana. Os números escondem as histórias que formam uma realidade cruel e desumana. As estatísticas são encobertas pela fumaça densa e branca do crack e abafada pelo estampido das pistolas automáticas.

Cada homem e mulher que tombou sem vida no território potiguar se tornou marca de uma crescente violência. Os "alvos" possuem perfis comuns e formam o padrão da morte. Quase 50% dos assassinatos envolvem jovens entre 15 e 25 anos - a grande maioria homens - e em mais de 90% dos casos foram utilizadas armas de fogo. As execuções têm como característica principal a ligação das partes com a comercialização de entorpecentes.

A equipe de reportagem da Tribuna do Norte reuniu durante mais de três meses as identidades das vítimas do descaso do Estado com a segurança pública.  Os dados foram atualizados diariamente através do website da Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social do Estado (Sesed), baseado no registro de óbitos do Instituto Técnico-científico de Polícia (Itep). Apesar da riqueza de detalhes e informações à disposição da polícia, diversos casos permanecem sem solução e se acumulam em uma pilha que talvez nunca seja esclarecida.

Enquanto os números se avolumam, a sociedade não vê os projetos previstos saírem do papel. A famigerada Divisão de Homicídios pode não se concretizar em 2012 e a Secretaria de Segurança já estuda outras medidas para conter o avanço da criminalidade. Para o secretário Aldair da Rocha, "a saída é investir".

A impunidade compromete a credibilidade do trabalho policial e dá espaço para o ciclo da criminalidade. A opinião é do promotor de Justiça de Investigação Criminal, Wendell Bethoven Ribeiro Agra. "Faz 15 anos que eu estou no Ministério Público e 12 que estou nessa promotoria. Posso dizer que eficiência da PC diminuiu nesse intervalo de tempo. Há 10 anos, a PC funcionava melhor do que funciona hoje", afirmou.

O Rio Grande do Norte revive o cenário traçado pelo escritor João Cabral de Melo Neto há mais de 50 anos, em seu "Morte e Vida Severina": "Morremos de morte igual, mesma morte severina: que é a morte que se morre de velhice antes dos trinta, de emboscada antes dos vinte". A morte severina agora ganhou traços da vida urbana, em que se mata por uma pedra de crack, por um cigarro de maconha. Por quase nada.

Secretaria espera por investimentos: "Aguardamos investimentos maiores na área de segurança pública". As palavras são do secretário Aldair da Rocha. Em entrevista à Tribuna do Norte, o titular da pasta esclareceu que está tentando pôr em prática os projetos, mas tem enfrentado dificuldades. Para ele, "daqui pra frente, há uma saída: investir".

Quando assumiu a pasta no início de 2011, Aldair diz ter se surpreendido com a quantidade de casos de homicídios não resolvidos. "Mas por que isso acontecia ou ainda acontece? Não temos uma estrutura adequada de investigação de homicídios", apontou.

Desde o começo da sua gestão, o secretário apontou como prioridade a instituição de uma Divisão de Homicídios. "Tenho falado desde o início da necessidade de se criar uma Divisão. Até o momento, infelizmente, não conseguimos o efetivo e nem a estrutura para criar essa divisão de homicídios. Ela é primordial na seqüência do trabalho".

Enquanto o reforço policial não surge, a Secretaria pretende disponibilizar equipes da Delegacia Especializada de Homicídios para investigar casos que ocorram nos finais de semana.  "O delegado-geral está estudando o caso. Assim, na sexta, sábado e domingo, quando ocorre a maior concentração de homicídios, montaríamos uma plantão da Delegacia de Homicídios. Ela mesmo atenderia o chamado daria início às investigações. Ainda vai depender de diárias operacionais e horas extras". Hoje, a Dehom só recebe casos depois que as distritais não consegue resolvê-los.

Segundo ele, a sua gestão tem progredido, ainda que "lentamente". "Temos os projetos e temos encaminhado para a governadora a nossa vontade de trabalhar. Estamos progredindo, mas ainda muito lentamente", afirmou. Um exemplo do progresso citado foi a informatização das 15 delegacias distritais, com o funcionamento do boletim e procedimentos policiais eletrônicos. "Isso vai nos permitir o controle sobre a produtividade das delegacias da Grande Natal. Quero partir para as Especializadas e depois para o interior", esclareceu.

O secretário também enxerga um avanço quanto ao policiamento na Região Oeste do RN. "Lá, a gente conseguiu melhorar a parte de investigação. A Divisão de Polícia do Oeste (Divpoe) foi instituída sob o comando do delegado Odilon Teodósio, que tem feito um bom trabalho. A Polícia Militar também melhorou com a criação de um novo batalhão para Mossoró".

13 de abril de 2012

Deuses do Futebol e suas costas largas

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Muito bem, caro leitor... Nesta sexta-feira 13, trazemos um texto que relata a terrível situação vivida pelos flamenguistas ontem, no Rio de Janeiro. Com finais de partida dramáticos, o maior clube do Brasil foi eliminado de maneira surpreendente na Taça Libertadores da América. Por isso, trazemos hoje o comentário do cronista esportivo, do canal de TV a cabo SporTV, Lédio Carmona, em sua coluna no site Globoesporte.com. Boa leitura!

Créditos: Globoesporte.com

As verdades da traumática noite de quinta-feira para os rubro-negros aconteceram durante o jogo contra o Lanus. É fato, sim, cristalino, que o Flamengo jogou muito bem. Também é real a avaliação de que Ronaldinho Gaúcho, pressionado por todos os lados, resolveu sair da inércia e jogar bola – e assim aconteceu. Os rubro-negros tiveram o domínio da partida, diante de um Lanus desinteressado e que, mesmo com a derrota acachapante, terminou em primeiro lugar no grupo. Tudo isso testemunhado. Nada inventado. O aplauso dos torcedores pelo esforço dos jogadores foi justo e comovente.

Foto: Globoesporte.com
As falácias vieram após o apoteótico final da partida entre Olimpia e Emelec, no Defensores del Chaco. O gol de Luis Quinonez classificou os equatorianos e para os rubro-negros funcionou com um castigo encomendado com doses de crueldade por todos erros, negligência, incompetência, soberba e até preguiça que o time demonstrou durante a competição mais importante do primeiro semestre.

Voltamos à falácia. Pôr a culpa da eliminação nos “Deuses do Futebol” só pode ser deboche. Lamentar falta de sorte ou excomungar o azar é primário. Desdenhar do Emelec é dor de cotovelo e sintomas agudo de mau perdedor. Não é só o Flamengo, mas todos os grandes clubes brasileiros que tem a obrigação, sem negociação, de se classificar na fase de grupos da Libertadores. Ficar pelo meio do caminho é vexame. Nossos clubes são mais ricos, tem mais pode econômico, mais dinheiro. Nove em cada 11 jogadores do Emelec querem jogar no Fla. 11 em cada 11 titulares do Flamengo ganham mais do que os classificados equatorianos. Descontado os bem-remunerados brasileiros, Juan Roman Riquelme é o jogador mais bem-remunerado da América do Sul. Ganha 330 mil mensais, quatro vezes menos do que o contra-cheque de Ronaldinho Gaúcho. Por sinal, a maioria dos jogadores ganha menos do que Willians, Você duvida?

Foi uma vergonha que o torcedor rubro-negro não merecia. E ainda teve que aguentar a historinha de que o time fez a sua parte e, de resto, a culpa foi dos Deuses do Futebol. Só pode ser provocação. Ou aquele tal mundo paralelo. Fico com a segunda opção.

Em jogo cheio de emoções, Emelec vence Olimpia no fim e se classifica

21:01 | , , ,

Créditos: Globoesporte.com

Numa partida espetacular, cheia de reviravoltas, o Emelec-EQU conseguiu uma heroica e inesperada classificação para as oitavas de final da Taça Libertadores, ao derrotar o Olimpia-PAR por 3 a 2, nesta quinta-feira, no estádio Defensores del Chaco, em Assunção. O time equatoriano levou o primeiro gol no fim da etapa inicial, marcado por Castorino, conseguiu empatar com Mondaini, virar aos 43 do segundo tempo, com Mena, levar novo empate aos 46, com gol de Zeballos, e alcançar a vitória consagradora, aos 47, em cabeçada de Luis Quiñonez.

Foto: AFP / Globoesporte.com
O Flamengo, que tinha a vaga garantida com o empate em Assunção, só teve a lamentar depois da vitória de 3 a 0 sobre o Lanús-ARG, no Engenhão. O Emelec terminou em segundo lugar no Grupo 2, com nove pontos, um a menos que o time argentino, o líder. Eliminadas, a equipe brasileira terminou em terceiro, com oito pontos, e a paraguaia, em último, com sete.

Paraguaios na frente: O início da partida foi todo do Olimpia. Aos seis, Castorino penetrou na área, caiu e ficou esbravejando pedindo pênalti. O árbitro uruguaio Roberto Silvera mandou o jogo seguir. Um minuto depois, após cobrança de escanteio, Orteman cabeceou no meio da zaga do Emelec e obrigou Dreer a fazer grande defesa, quase em cima da linha do gol.

Após a pressão inicial, o time paraguaio manteve a maior posse de bola, quase sempre no campo adversário, mas sem penetração. A equipe equatoriana, quase toda na defesa, se livrava do perigo com chutões para todos os lados. Aos poucos, foi sentindo que podia se arriscar mais e chegou a ter um gol invalidado, de Valencia, impedido, aos 19. Cutucado, o Olimpia foi à frente e colocou uma bola na trave direita de Dreer, em cabeçada de Marín, aos 21. Mas o jogo já estava equilibrado, com o Emelec mais ousado.

Aos 30, os equatorianos tiveram duas chances na mesma jogada, primeiro com Valencia e em seguida, com Galbor. Cinco minutos depois, Giménez perdeu uma chance incrível de abrir o marcador para os visitantes. Surpreendentemente, nessa altura do jogo, o time equatoriano era melhor.

No entanto, nos contra-ataques o time paraguaio era muito perigoso. Aos 42, por pouco não marca, em chute de Aranda que Dreer defendeu com o pé esquerdo. Três minutos depois veio o gol, em novo contragolpe: Zeballos avançou pelo meio e serviu a Marín, que, livre na área, chutou colocado. Dreer defendeu parcialmente, e no rebote Castorino só teve o trabalho de empurrar a bola para o gol vazio.

Fim de jogo sensacional - três gols em cinco minutos: Em desvantagem, o Emelec continuou atacando na segunda etapa, com o risco de se abrir para os contra-ataques. Aos 12, Bagui quase marcou, mas o árbitro já havia marcado uma falta de ataque. O Olimpia continuava a ameaçar em contragolpes, e aos 15 teve ótima oportunidade, em cabeçada de Castorino, na pequena área. Dreer defendeu bem.

Logo depois, o goleiro Martín Silva reclamou de dor no joelho direito, lesionado num choque com seu companheiro Meza, logo no início da etapa final. Centurión entrou aos 19, e dois minutos depois levou o gol do empate: Valencia cruzou da direita, e Mondaini cabeceou no canto esquerdo do goleiro do Olimpia, que nada pôde fazer. O Emelec se animou e buscou o gol da virada. E aos 25, Centurión salvou o time paraguaio, com duas defesas seguidas - na segunda, a bola ainda explodiu no travessão, em chute de Giménez.

O empate não servia para nenhum dos dois, mas era o time equatoriano que continuava tendo mais presença no ataque. No entanto, arriscava muitos chutes de fora da área e poucas oportunidades claras eram criadas. Aos 41, o Olimpia teve boa chance: Marín bateu falta com muito perigo, a bola tocou na rede pelo lado de fora. Muita gente no estádio gritou gol. Um minuto depois, o Emelec virou a partida: De Jesús rolou para Mena bater forte, marcar e comemorar tirando a camisa.

A classificação surpreendente do time equatoriano parecia encaminhada. Mas havia ainda muita emoção em campo: aos 46, Caballero chutou forte, a bola desviou em Zeballos e entrou no canto esquerdo de Dreer: 2 a 2. A esperança para a torcida do Olimpia voltou, porém foi o Emelec que marcou o terceiro, aos 47: após cobrança de escanteio, Luis Quiñonez subiu mais que a zaga do time paraguaio, fez o gol da classificação e partiu para os abraços, já sem camisa, enlouquecido.

Fla bate o Lanús, flerta com milagre, mas vê Emelec ganhar e levar a vaga

21:00 | , , ,

Créditos: Globoesporte.com

O que parecia sonho distante chegou a ficar perto de se tornar realidade na noite desta quinta-feira. O Flamengo, que precisava vencer seu jogo e torcer por um empate no Paraguai, esteve a poucos minutos de atingir seu objetivo, mas não se classificou às oitavas de final da Taça Libertadores. No Engenhão, o Rubro-Negro bateu o Lanús por 3 a 0, gols de Welinton, Deivid e Luiz Antonio. Ronaldinho Gaúcho teve em alguns momentos uma atuação que fez lembrar sua melhor fase na carreira. Em Assunção, porém, Olimpia e Emelec empatavam por 1 a 1 até os 42 minutos do segundo tempo. Os equatorianos fizeram o segundo gol, levaram o empate, aos 46 (resultado que classificava o Flamengo), mas conseguiram o gol da vitória por 3 a 2 aos 47 e ficaram com a vaga.

Foto: AP / Globoesporte.com
Àquela altura, o jogo do Fla já havia acabado. Os jogadores aguardavam em campo. Léo Moura, com um fone de ouvido, ouvia a transmissão de TV do canal Fox Sports. A tristeza do lateral e dos flamenguistas foi transmitida ao vivo. Love chorou.

Com o resultado, o time carioca terminou sua participação no Grupo 2 na terceira colocação, com oito pontos, dois a menos que o líder Lanús e um a menos que o Emelec. O Olimpia também somou oito pontos, porém perdeu para os rubro-negros no saldo de gols e ficou na lanterna do grupo. O mesmo Olimpia que o Flamengo vencia por 3 a 0 até os 31minutos do segundo tempo, na terceira rodada. Agora, aquele empate se revela impiedoso.

Fla demora, mas engrena: O Flamengo entrou em campo em ritmo lento, e foi o Lanús que comandou as ações nos minutos iniciais. A primeira boa chegada rubro-negra se deu aos nove minutos, quando Ronaldinho deu bom passe para Love no lado esquerdo da área. O atacante bateu para fora, rente à trave direita do goleiro Marchesín.

O Lanús, que uma vez mais atuou sem Camoranesi, machucado (no jogo de ida, na Argentina, o campeão mundial pela Itália também fora vetado) seguiu com domínio territorial, mas acabou por levar o primeiro gol numa jogada de bola parada. Aos 17, Bottinelli bateu escanteio, e Welinton apareceu no segundo pau para escorar de cabeça. Foi o terceiro gol do zagueiro com a camisa do Flamengo, o primeiro no ano.

Sonho possível: Com o gol, o Flamengo se animou e passou a criar mais, porém não deixou de sofrer com contra-ataques. Ronaldinho alternou bons e maus momentos. Tentou algumas jogadas de efeito e acertou umas, errou outras. Após cobrar uma falta na barreira, ouviu a torcida pedir Bottinelli numa segunda oportunidade. R10 cobrou, outra vez na barreira, mas dessa vez a bola sobrou para Love, que quase marcou o segundo.

Na defesa, o Flamengo voltou a dar sustos. Aos 27 do primeiro tempo, o Lanús entrou tabelando na área rubro-negra e a bola chegou a Valeri, que soltou uma bomba. Felipe mandou a escanteio. Na cobrança do tiro de canto, Regueiro apareceu livre na área, mas cabeceou para fora.

Ainda antes do intervalo, o Flamengo conseguiu ampliar sua vantagem. Aos 41, Ronaldinho fez bela jogada pelo meio e deu passe açucarado para Deivid. O atacante recolheu no lado direito da área e bateu rasteiro. A bola desviou levemente na zaga antes de tomar o caminho da rede.

No fim do primeiro tempo no Engenhão, tudo dava certo para o Flamengo. O time vencia por 2 a 0, e Olimpia e Emelec empatavam em Assunção. Entretanto, pouco antes do fim da etapa inicial no Paraguai, o Olimpia abriu o placar.

R10 à moda antiga: No segundo tempo, o Flamengo tinha a missão de conservar sua vitória e torcer para que o Emelec buscasse o empate em Assunção. E o Rubro-Negro só precisou de cinco minutos para conseguir o esperado conforto no placar. Luiz Antonio deu um chapéu antes do meio do campo e iniciou um contra-ataque. A bola chegou a Deivid, que passou até Ronaldinho. O craque então fez lembrar o jogador que encantou o mundo na última década. Deixou dois marcadores para trás com dribles plásticos e cruzou na medida para Luiz Antonio, que pegou de primeira e fez 3 a 0.

Com boa vantagem, o Flamengo viu o Lanús subir de produção. O time argentino, tocando bem a bola, conseguiu se colocar mais à frente e passou a rondar mais a área rubro-negra. Aos 9, Willians, machucado, deu lugar a Muralha.

O centroavante Pavone, um dos principais destaques do Lanús, incomodou o Flamengo com alguns chutes. Num deles, Felipe defendeu. Em outro, a bola saiu por cima do gol.

Jogo louco no Paraguai: Aos 23 minutos, a torcida explodiu no Engenhão. O Emelec empatou o jogo. Era tudo o que o Flamengo precisava. Joel, à beira do campo, comemorou efusivamente.

Daí em diante, o panorama seguiu com o Flamengo tentando tocar a bola e criar chances, e o Lanús mais presente, porém sem muito ímpeto para buscar uma reação. Classificado, o time argentino tentou diminuir a desvantagem, mas não criou grandes chances.

As atenções, de fato, estavam em Assunção. Olimpia e Emelec lutaram em busca da vitória que daria a classificação. Nos minutos finais, o jogo ficou sensacional. Três gols a partir dos 42 minutos. Melhor para o Emelec, que venceu por 3 a 2 e tirou a vaga das mãos do Flamengo com o gol decisivo aos 47 do segundo tempo.

9 de abril de 2012

A Prefeitura acabou com o PRAE

21:01 | , ,

Muito bem, caro leitor... Para hoje, trazemos o mais novo parceiro do "Fatos e Opiniões": O portal UNIBUS RN, especializado em transportes. E, para celebrar o início da parceria, trazemos o texto publicado na coluna "Garagem.com", assinada por Thiago Martins, nesta segunda-feira, 09. Boa leitura!

Créditos: UNIBUS RN

Criado em 2007, na gestão do então prefeito Carlos Eduardo Alves, o programa PRAE – Programa de Acessibilidade Especial Porta a Porta – estava inserido no TAC – Termo de Ajustamento de Conduta – firmado naquele mesmo ano pela Prefeitura do Natal, SETURN – Sindicato das Empresas de Transporte Urbano de Natal e Ministério Público. O ideal do projeto era que deficientes físicos – cadastrados em um sistema da Secretaria de Mobilidade Urbana (na época STTU, atualmente SEMOB) – pudessem se locomover de suas casas para qualquer ponto da cidade, marcando horário antecipadamente, pelos veículos do programa (ambulâncias e micro-ônibus), sem custo algum.

A ideia, apesar de ter chamado atenção da população, não era novidade. Já existia em outras cidades e foi copiada para Natal, bem como até hoje é copiada pelos gestores de outras capitais. O SETURN, responsável pela operação do serviço, comprou, na ocasião, 10 micro-ônibus zero KM adaptados e voltados exclusivamente para o transporte dos deficientes físicos e contratou e treinou os motoristas. Tudo, como previsto pelo termo, pagado pelo sindicato patronal. Alguns enxergam o fato como uma espécie de indenização pela falta de acessibilidade do transporte público de Natal. Faz sentido! Mas o TAC veio com a proposta da mudança, do ajuste – como o próprio nome diz. As empresas também teriam que fazer renovações anuais de acordo com suas estruturas – as renovações iam de acordo com o tamanho das empresas. Por sua vez, a prefeitura teria que fazer o reajuste anual da tarifa, fixado na taxa inflacionária do ano vigente e nos novos ônibus adquiridos pelas empresas para a renovação pedida do termo.

Perfeito! Nosso sistema de transporte se encaminhava, pelo menos, para o ajuste, e ainda tínhamos, adjuntamente, um sistema de acompanhamento para deficientes físicos – que contariam com o veículo na porta de suas casas os levando para os locais de suas necessidades – e novos ônibus adaptados nos trechos convencionais, possibilitando que um deficiente físico pudesse pegar um ônibus da linha do bairro e se deslocasse para onde quisesse, junto a uma frota renovada. No início funcionou bem. O PRAE seguiu comedidamente e as empresas renovaram até mais do que se pediu. Mas com a mudança de gestão, a atual prefeita não fez a parte dela. Houve o aumento da tarifa, de fato, mas não anualmente como foi firmado.

Atualmente, os interesses eleitoreiros falam muito mais alto que qualquer possível acordo - Seja para a volta do PRAE, o possível aumento da tarífa ou incentivos fiscais. A prefeitura já anunciou que não autorizará o aumento da tarifa, mas parece que pouco se interessa em saber que as empresas precisam arcar com gastos – que sofreram aumento nos preços. No início do ano, a prefeitura prometeu conceder incentivos fiscais para que não houvesse o aumento. Só promessas!

A prefeitura se prende para não aumentar a tarifa e se tornar mais impopular do que já é e parece não querer reduzir os impostos das empresas... Ora, qual gestor seria louco de arrecadar menos mediante um serviço extremamente rentável que é o transporte público?! A falha é justamente esta: Tanta rentabilidade pode chegar facilmente à falência, devido à (falta de) ação da prefeitura. Se o aumento dos gastos não pode ser refletido em uma tarifa mais alta para o usuário, que seja com incentivos fiscais. Ou então o sistema por um todo vai pelo ralo a baixo e a situação se complicará muito mais!

O PRAE, programa essencial para os deficientes físicos independente de sua usabilidade, foi ofuscado pela politicagem. Mesma politicagem que já faz as empresas começarem a ‘operar no vermelho’. A prefeita não liga, afinal, ela é verde, não é?!

Sem aviso prévio, Prefeitura interrompe programa de acessibilidade especial

21:00 | , ,

Créditos: Diário de Natal

Foto: UNIBUS RN

Os usuários do Programa de Acessibilidade Especial (PRAE), ação da Prefeitura do Natal que objetiva transportar pessoas com dificuldade de locomoção da porta de sua casa até locais de tratamentos e centros de educação, estão sem transporte desde de segunda-feira, 2. Com a interrupção do programa, crianças, jovens, adultos e idosos com problemas de locomoção estão impedidos de frequentar sessões de fisioterapia, escolas e atendimento médico. Na tarde ontem, um grupo de mães e usuários do serviço fizeram um protesto apelando à prefeitura que retome o serviço de transporte imediatamente, uma vez que muitos não têm condições financeiras que permitam a condução dos beneficiados pelo programa.

De acordo com a coordenadora administrativa da Associação de Paralisia Cerebral, Benélia Santos, o serviço foi interrompido sem aviso prévio e prejudicou cerca de 400 pessoas. Considerando a situação crítica em que todos os usuários se encontram, Benélia, em conjunto com mães de favorecidos e também alguns usuários das conduções, entraram em contato com o Ministério Público, Prefeitura e imprensa para tentar encontrar uma solução ao problema.

Negligência: "Já entramos em contato com a Secretária Geral da República e eles nos disseram que, assim que entregássemos um ofício à prefeitura, eles dariam uma advertência pedindo o retorno do serviço e alegando que essa situação (de falta de transporte) é uma negligência grave", disse a coordenadora. Urbileide Varela tem um filho com necessidades de tratamento contínuo e precisa, quase que diariamente, do ônibus para levá-lo à Associação de Orientação aos Deficientes (Adote), para fazer tratamentos de fisioterapia, fonoaudiologia e respiratório.

6 de abril de 2012

Se já estava difícil...

14:01 | , ,

Muito bem, caro leitor... Peço desculpas pela ausência de atualização nos últimos dias, devido a problemas com tempo e internet. Porém, estamos de volta! Boa leitura.

Foto: Valdir Julião (Tribuna do Norte)

Caro leitor. Você ainda acredita que o Estádio Arena das Dunas, palco natalense para os jogos da Copa do Mundo de 2014, ainda sairá?

Eu já não acredito mais. Tudo por conta do mais novo fato envolvendo a construção desta praça esportiva: A greve dos operários que trabalham na obra.

Desde a última terça-feira, centenas de funcionários da construção, principalmente os ligados a área operacional da obra, cruzaram os braços e estão em movimento grevista. Motivos? Melhores salários e condição de trabalho.

Para completar a bagunça, eles fecharam por dois dias seguidos a BR 101, principal acesso a Natal, impedindo milhares de pessoas de ir para seu trabalho, sua aula ou qualquer outro compromisso.

Absurdo! Totalmente sem noção a greve desses operários. Onde já se viu fechar o trânsito de uma importante via para reivindicar seus direitos?

Além disso, temos de levar em conta o já bom salário que eles ganham. Enquanto muitos trabalham bem mais do que eles para ganhar um salário mínimo, os operários dessa obra ganham cerca de R$ 900,00. Ah, e pedem aumento para R$ 1.500!

Ora, essa é a chance da FIFA de tirar Natal da lista de sedes. Se não bastasse o atraso na obra, ainda uma greve para ajudar...

Só queria saber onde tudo isso vai parar. Espero que seja com o fim do sonho. Natal hoje não merece ter os jogos da Copa por aqui.

Demissão de operários paralisa obra da Arena

14:00 | , ,

Créditos: Tribuna do Norte

Foto: Adriano Abreu (Tribuna do Norte)

Os operários da construção civil que trabalham nas obras do estádio Arena das Dunas para a Copa 2014, vão sair em passeata do canteiro central do consórcio OAS-Coesa até à Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE), na Ribeira, a partir das 8 horas, para tentarem um acordo sobre a recontratação dos 12 trabalhadores que foram demitidos na segunda-feira, dia 2.

As obras estão praticamente paralisadas desde a manhã de ontem, depois que uma grande parte dos 600 operários cruzou os braços contra o que consideram "uma retaliação" da parte do consórcio OAS/Coesa.

O representante da comissão dos trabalhadores, André Rogério de Oliveira, disse que havia o compromisso do consórcio "de não demitir nenhum operário de maneira alguma" até a segunda-feira, dia 16, quando o Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil do Rio Grande do Norte (Sintracon-RN) voltaria a se reunir com as empresas para discutir a questão da produtividade, fruto do acordo feito na última semana de março, quando os trabalhadores conseguiram um abono salarial na folha desse mês.

Os operários do Arena das Dunas ameaçaram pedir demissão coletiva na manhã de hoje, com a entrega das carteiras de trabalho para "dar baixa" em virtude das demissões dos companheiros trabalho, que diziam ser 25.

O gerente de Marketing da OAS-Coesa, Arthur Couto disse que em nenhum momento ocorreu esse acordo de não haver demissões até o dia 16. Ele disse que numa obra "grandiosa" como essa da construção do estádio para a Copa do Mundo,  existe uma "rotatividade" de mão de obra que considera natural e explicou que as demissões foram de ordem "gerencial e administrativa", sem conotação de retaliação alguma, "porque nenhum dos demitidos são membros da comissão de trabalhadores".

Segundo Couto, na verdade foram demitidos um funcionário da área administrativa e 11 da área de produção. Ele também confirmou que foram reduzidos de 6% para 2% o desconto do vale-transporte dos trabalhadores e que a participação nos lucros (PL) proporcional será discutida na reunião previamente acordada em março entre o Sintracon-RN e a SRTE.

Já o diretor Financeiro e coordenador de campo do Sintracon-RN, Luciano Ribeiro da Silva, admitiu que o consórcio OAS-Coesa cumpriu o pagamento do bônus em março, mas desde o dia 1º de abril os salários voltaram aos patamares que eram antes da greve de março. Com o abono, o trabalhador qualificado havia recebido R$ 1.002,00 e voltam a receber R$ 827,00, enquanto os serventes e ajudantes tinham recebido R$ 830,00 e retornam para R$ 670,00.